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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

De vuelta!

Entonces... sumi, mas voltei de terras portenhas! Estive novamente no Encuentro Latinoamericano de Diseño como conferencista e aproveitei para conhecer um pouco mais da capital argentina. Vamos as particularidades, como fiz em 2008...

SOBRE A CIDADE: Dessa vez o frio deu uma trégua nos dois primeiros dias, então, foi bem mais fácil curtir o inverno portenho. Pena que choveu (e muito!) no último dia. Buenos Aires já não é tão mais barata que lote de brasileiros e pessoas em busca do consumo desenfreado. Como já tinha visto os principais pontos turísticos (mesmo assim voltei a eles), aproveitei para ser bem cultural e visitar inúmeros museus, centros culturais e praças: Malba (de novo e sempre, com uma belíssima exposição de Robert Mapplethorpe), Museo Nacional de Bellas Artes, Centro Cultural da Recoleta (com 22 exposições!), Palais de Glace (belo lugar para exposições), Museo Histórico Nacional, Teatro Cólon, Teatro Cervantes, Plaza Dorrego, Plaza Lezama, Jardín Japonés, e muito mais! Também andei de metrô, que apesar de não ser limpinho como o brasileiro, vai pra tudo quanto é canto com suas cinco linhas! Táxi continua com um precinho camarada e dá pra ser usado nas horas certas.


SOBRE A HOSPEDAGEM: Bom... albergue nunca mais! É mais barato? É... mas a informalidade e a falta de segurança me deixam um pouco apreensivo. E que tal dormir num quarto na frente da recepção e ao lado da sala com computador? Mas só vou falar disso e não vou fazer críticas a infra-estrutura nem nada, porque a receptividade foi incrível com direito a churrasco noturno e conversa com ingleses, canadenses, australianos, tunisinos e - é claro - argentinos! Uma babel! Aliás... finalmente comi uma boa carne argentina!


SOBRE O ENCONTRO: Dessa vez eu fui bem mais seletivo nas palestras e acabei percebendo um padrão... estamos todos falando as mesmas coisas! Pode parecer ruim e hilário, mas pelo menos é bom ver que está se produzindo conhecimento em design e que as idéias são - até certo ponto - convergentes. Infelizmente dessa vez ocorreu um número bem grande de cancelamentos em cima da hora, o que atrapalha pessoas organizadas e cheias de horário como eu! A minha palestra foi tranquila... apesar de ser um assunto mais denso (levei 3/4 da minha dissertação de mestrado para apresentar), consegui passar minha mensagem (eu acho!).


E não fui novamente no Caminito! Ou seja... sobrou algo pra ver, pra voltar!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

P&D 2008 - Impressões

Na última sexta, dia 10 de outubro, voei para São Paulo. Lá estava acontecendo o 8º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, no campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac. O que eu fui fazer lá? Apresentar dois artigos meus com professores do meu mestrado. Fiquei até sabado a tarde, mas Minhas impressões foram as seguintes:

INSTALAÇÕES: Esse Senac é absurdamente grandioso! Usei a palavra "absurdo" porque parece ser até grande demias. Em pleno período de aulas, as salas estavam vazias e não se viam muitos alunos pelos corredores. Mesmo assim é tudo limpinho como a Disney: não se vê uma sujeirinha no chão nem nas latas de lixo, e também não se vêem serventes! Computadores por todos os lados, biblioteca com locadora, bebedores coletivos, banheiros impecáveis, auditório enorme... e por aí vai.

LOCALIZAÇÃO: Péssima... longe de tudo. Para quem não é de lá teve que se virar em táxi que não é muito barato. Ônibus e trens só para os mais safos. Não pude fazer nada fora do congresso por causa da distância.

EVENTO: O esforço de pensar e discutir design sempre vale nota altíssima. As pessoas que foram ao evento estavam realmente a fim de estar lá. Fosse comprando livros nos stands ou se empanturrando nos coffee breaks megalomaníacos, a galera estava a fim de respirar design. E esse evento é considerado o maior do país sobre o assunto, então é ótimo para encontrar e conhecer pessoas. Mas fica aqui um porém: o excesso de trabalhos apresentados em tempos curtíssimos deu um ar de superficialidade ao evento. Pareceu-me o famoso pecado da quantidade acima da qualidade. Reduzir o número de trabalhos para aprofundar as discussões em tempos melhor moderados deve ser realmente considerado.

APRESENTAÇÕES: Falarei só das minhas. Apresentei um artigo sobre o que se fala sobre branding hoje e outro que introduz os conceitos do pensador francês Gilbert Simondon no universo do design. O primeiro foi semelhante ao que apresentei em Buenos Aires, só quen reduzido. Como eu estava numa sessão com pessoas que iam falar sobre livros (outro problema do evento), a discussão final ficou meio dividida. Na outra tive que correr um pouco, porque eu estava com o horário do vôo marcado e aconteceram alguns atrasos. Mas achei bem interessante essa introdução de conceitos diferentes. Foi a primeira vez que apresentei o artigo e percebi que ainda dá pano pra muita manga! Que bom!

CURIOSIDADES: Dormi de clandestino no hotel! (hehehe) Foi divertido! Minhas companheiras de mestrado estavam em quartos duplos e o hotel estava lotado. Eu fui pra lá sem ter nada resolvido onde eu iria ficar. Só sabia que, se desse problema, eu dormiria no chão de um dos quartos na clandestinidade! E deu certo! Não tentem isso em casa crianças! E também teve o Balé Triádico... uma viagem futurista que não consigo descrever com palavras. Procurem no Google sobre o assunto para saber mais, se quiserem. Vejam e opinem, e se lembrem que não sou cinegrafista (rsrsrs).


A Dança das Varetas


Performance 1


Performance 2

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Diário portenho

Estive ausente por um tempinho. Andei pela Argentina em um encontro de design e aproveitei para conhecer o novo point brasileiro de férias. Essas são as minhas impressões:

SOBRE A CIDADE: Buenos Aires parece o centro da cidade do Rio de Janeiro com um ar europeu. E isso não significa que é melhor... significa que é frio (entre 8º e 15º, fora o maldito vento). A Avenida 9 de Julio parece a Av. Presidente Vargas, e a Calle Florida parece o Saara arrumadinho. Lá também tem ambulantes, entregadores de papelzinho, mendigos, jogadores de bolinha no sinal, performistas de rua. Além disso, tem uma infestação (praga mesmo) de brasileiros consumistas carregados de sacolas. E quem disse que a cidade é barata? Aparentemente é metade do preço por causa do câmbio... mas não é bem assim. Uma camisa que custe 70 pesos, equivale a 35 reais, ou seja, o nosso preço. Então vale tanto a pena? Vale se você for para comprar calçados (eu trouxe uma sapataria) ou em lojas de grife que são muito caras por aqui. E também tem a lenda que a carne argentina é maravilhosa... tá... é boa... e só. Mas realmente é muito barato comer por lá. Andar de taxi é quase de graça. Como fui para o encontro e não para fazer turismo, não visitei alguns pontos turísticos fundamentais de Buenos Aires... mas o que vi, achei sem graça. Casa Rosada, Congresso, Puerto Madero... nada de mais. O show de tango no Piazzola foi muito bom. Mas nada que um final de semana não resolva. Aliás, só volto se for assim: em outro encontro de design ou em um final de semana para ver o que não vi e assumir a brasilidade consumista.
SOBRE O ENCONTRO: Norberto Chaves foi o ponto principal do III Encuentro Latinoamericano de Diseño na Universidad de Palermo. Consegui ir a duas das três palestras dele. E valeu muito a pena. O cara é genial. Fui bem seletivo, de acordo com a minha dissertação de mestrado. Então, assisti palestras de vários cantos do mundo, do Perú a Portugal, da Colômbia ao México. Muito interessante. Abre horizontes, gera possibilidades e faz a gente pensar a realidade de outras culturas.
SOBRE A MINHA PALESTRA: O que dizer? Sei lá... foi interessante... Comecei 10 minutos mais cedo porque a turma estava pequena, mas, de repente, teve um "estouro de boiada" e a sala lotou! A galera deve ter acordado mais tarde. Tenho uns vídeos que me fizeram perceber que eu falo muito rápido e gesticulando sem parar. Preciso descobrir se tenho genes italianos... Mas o importante foi que fiquei tranquilo. Achei que fosse tremer nas bases, mas correu tudo bem. Me senti no domínio do assunto e da aula. Agora sei que posso repetir o ato e até mesmo ver isso como profissão (iiiihhhhhh...)